Ao contrário daquilo que hoje escreve Filipe Malheiro, para o CDS-PP o Jornal da Madeira não é o único problema da Região. Para o CDS-PP Madeira (e julgo que para todos os madeirenses, com excepção dos indefectíveis da maioria, que neste momento já são... minoria), o Jornal da Madeira exemplifica na perfeição aquilo que são as prioridades erradas do Governo do PSD. Porque custa demasiado - 4 milhões de euros por ano numa terra que não tem, por exemplo, dinheiro para pagar os medicamentos aos doentes oncológicos - mas, sobretudo, porque limita de forma quase irremediável a liberdade de imprensa no arquipélago, introduzindo limitações no mercado que, efectivamente, põem em perigo a existência de outros meios essenciais para uma formação de opinião isenta, livre e plural. Meu caro Luis Filipe Malheiro, o Jornal da Madeira é, neste momento, um grande problema para todos aqueles que defendem a liberdade de imprensa como um dos pilares de um regime democrático. É ainda um grande problema para os jornalistas e restantes profissionais dos outros meios de comunicação social, que face à concorrência desleal feita pelo JM vêem em risco os seus postos de trabalho. Que fique claro, meu caro Filipe Malheiro, no CDS-PP ninguém, pelo menos que eu saiba ou que conheça, defende o encerramento do Jornal da Madeira. O que o partido defende é que o Governo Regional limpe o passivo que criou ao longo dos últimos anos de administrações ruinosas e entregue o título ao seu legítimo proprietário, a Diocesse do Funchal. Termino dizendo claramente que não estão em causa o profissionalismo, a qualidade e o empenho dos jornalistas do JM. Estão em causa orientações editoriais e estratégias empresariais que são, como acima referi, absolutamente nefastas para a liberdade de imprensa numa Região que se quer democrática. Meu caro Luís Filipe Malheiro, "sei que sabe que sabe que eu sei que sabe" que chegámos ao século XXI.
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