Algumas observações

Na hora do regresso, uma breve ronda pelo Facebook e pelas notícias dos últimos dias merece três ou quatro observações. Em primeiro lugar, penso que no PSD alguém resolveu acabar de vez com Sérgio Marques. Deve ter conseguido, a julgar pelo o absurdo dos cenários que tive oportunidade de ver publicados e por alguns comentários que li e ouvi e que raiam o anedótico. O líder parlamentar do PS diz que a situação na Síria e na Madeira tem paralelismos. Não está mau e era previsível, depois de ter andado a gritar que o Funchal estava em estado de sítio, comparado o orçamento - o mais desinteressante de todos os papéis escritos - a sexo oral e de ter pedido a Cavaco para intervir no sentido de forçar o Ministério Público a investigar o terrorismo. A deputada Rubina garante que foi “calada” no Parlamento por ser mulher e ter 29 anos. Poderiam, de facto, ter ficado por dizer coisas decisivas para o futuro da humanidade e quiçá da Região, como diria o saudoso João Pinto, se por acaso não tivessem sido ditas no dia seguinte pela mesma parlamentar no mesmo Parlamento, mantendo-se inalteradas as condições (ou condicionantes, pelos vistos) de idade e de género. Enfim, depois de uns belos dias passados longe, sem e-mail, Intra ou Internet, é bom saber que está tudo na mesma. Até a Julieta se encarregou de ronronar à minha chegada, cumprindo o único dever de um gato que se preza. Sair é fundamental, porque muitas vezes esquecemo-nos de que há “mai mundo” e que por acaso esse mundo é bem maior e bem mais interessante do que a nossa rocha, embora, como escreveu o bom do Pessoa, o rio da minha aldeia seja maior do que o Tejo. Só que Pessoa, por acaso, não tinha aldeia. Foi nado e viveu a maior parte da sua vida em Lisboa. Paradoxos.

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