Sem margem de manobra

São erros, após erros, após erros. Este Secretário Regional da Educação é, manifestamente, incapaz para a função. Nada tenho de pessoal contra o senhor. Acho-o uma pessoa afável e educada e será, certamente, um cidadão exemplar. Mas não pode, em circunstância alguma, exercer o cargo que exerce.

Em menos de um ano de mandato, este governante que pouco ou nada governa conseguiu uma invejável unanimidade, ou seja, tem toda a gente contra ele.

Após ter sido insultado em público pelos dirigentes desportivos, nomeadamente pelos presidentes do Marítimo e do Nacional, viu a pessoa que indicou para Director Regional da Juventude e Desporto "bater" com a porta antes sequer de tomar posse.

Após ter jurado a pés juntos que não encerrava escolas, anunciou que afinal iria encerrar escolas.

Após ter dito que o inglês não deixaria de ser disciplina obrigatória no 1º ciclo ficámos todos a saber, um dia depois, que deixaria.

Após ter anunciado, ufano, a resolução dos problemas de pagamentos em falta às empresas fornecedoras de refeições às escolas, vem-se a constatar que, afinal, as crianças arriscam-se a não ter nada para comer nos estabelecimentos de ensino, logo no início do ano lectivo, por... atrasos nos pagamentos.

Neste momento, o senhor não tem margem de manobra. É óbvio que o presidente do Governo Regional não assumirá o erro que foi a nomeação deste estimável cavalheiro, como tal, deveria ser o próprio a perceber que, ao insistir em ficar estará associar-se, em definitivo, a alguns dos piores momentos vividos por agentes desportivos, alunos, pais e professores, desde a implantação da Autonomia. O julgamento da História não costuma, de modo algum, ser brando nestas situações.

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