É economia...

A edição de hoje do Expresso revela a existência, em Portugal, de 500 processos de candidatura a património classificado sobre os quais pesa a hipótese da prescrição. Deixo uma pergunta? Quantos destes atrasos ficam a dever-se a pressões imobiliárias e outras que tais? A questão não deve colocar-se apenas a este Governo, mas à maioria (para não dizer à totalidade) dos governos pós 25 de Abril, que nunca assumiram uma política de valorização do património edificado. Para uma percentagem muito grande de governantes e ex-governantes, o património é uma despesa. Ou então um cartão postal, um "colar de brincos" que se usa em dias de festa para mostrar aos outros. Não. O investimento - utilizo propositadamente a palavra investimento - no património traz mais-valias para o conhecimento que temos de nós (e do outro), mas traz também óbvias mais-valias económicas, o que em tempos de crise não é de descurar. Falar de património é também falar de economia. Provavelmente, há que falar em "economês", para que se perceba melhor o que está em causa.

Comentários