No tempo das botas d'água

Num tempo em que a Internet torna o mundo efectivamente plano, em que as notícias circulam à velocidade espantosa de um sopro, existe um Governo que censura uma estacão regional de televisão por ter ido a um aeroporto perguntar a quem chegava se tinha ouvido falar do vírus do dengue. Com este acto de "suprema inteligência", o dito governo mostra acreditar solenemente que o Facebook, o Twitter, o YouTube ou o Vimeo são ficção cientifica e que por isso é possível, por decreto, limitar a velocidade, a partilha e o alcance da informação. Mas mostra, sobretudo, que ainda vive e governa como no tempo das "botas de água" ou, parafraseando o presidente do dito executivo, como antes da "queda do império soviético".

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