Um adversário temível



Confirmando-se, a candidatura de José Manuel Rodrigues à Presidência da Câmara Municipal do Funchal é, em primeiro lugar, um acto de coragem. Seria fácil, ao líder do maior partido da oposição, ficar na sua zona de conforto e justificar uma eventual descida eleitoral com as “tropelias” do Governo da República, pese embora o distanciamento entre o CDS-PP Madeira e o CDS-PP nacional ser cada vez mais evidente, o que é inequivocamente demonstrado pela nota de culpa enviada ao deputado “popular” Madeirense, Rui Barreto, e assinada pelo líder parlamentar do CDS-PP na Assembleia da República, Nuno Magalhães, referente à quebra da disciplina na votação do Orçamento de Estado. Seria fácil. Mas Rodrigues optou pelo caminho mais difícil que, para quem tem coragem e determinação, é sempre o mais interessante. Pena é que a restante oposição pareça não querer seguir o exemplo, preferindo garantir pequenos quinhões de poder, a ir a votos...

Em segundo lugar, mostra um partido empenhado em construir uma alternativa credível, ampliando o seu campo eleitoral, procurando estar presente, com os seus quadros mais importantes, junto das populações, o que em tempo de crise é, indiscutivelmente, sinónimo da vontade em encontrar soluções com as pessoas.

Estou plenamente convicto de que José Manuel Rodrigues aumentará o “score” eleitoral do CDS-PP na capital da Região e, por arrastamento, em todos os municípios do arquipélago. Estou plenamente convencido de que pela primeira vez, o PSD Madeira tem pela frente um adversário à altura, o CDS-PP, partido que pela coragem, ambição, trabalho e capacidade de passar da crítica às propostas concretas para a mudança, revela-se temível para uma maioria dividida e claramente em fim de ciclo.


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