Amor e desamor

O Dr. Miguel de Sousa apresentou a candidatura à liderança do seu partido. Tem todo o direito.

(Escrevo sobre o PSD aquilo que há anos escrevi sobre o PS, ou seja, em cada militante parece haver um legítimo candidato à liderança).

O novo pretendente afirmou estar desavindo com o Dr. Jardim há 13 anos. Mais concretamente, desde as eleições de 2000

(acrescento eu, para tentar perceber a razão do número pouco redondo).

Devo confessar, admiro quem consegue esconder sentimentos durante tanto tempo.

Nem no Parlamento

(pelo menos até ao desastre social-democrata de Setembro de 2013)

nem na Comissão Política Regional, o Dr. Miguel de Sousa manifestou aquele que era o seu verdadeiro sentir. Durante 13 longos e, imagino eu, angustiantes anos!

Respeito o desamor, como respeito o amor. São faces da mesma moeda. Mas não percebo a demora em assumir um ou outro.

(Se calhar é uma fraqueza minha, pois quando amo e quando deixo de amar, exprimo-o no momento da certeza).

"Por desamarmos deixámos
Seis amores sem ter dó
E agora que regressamos
Não sei se nos sobra um só"


escreveu o B Fachada, numa canção muito justamente intitulada "Desamor".

Sobrará algum amor, nos militantes do PSD, para dar ao Dr. Miguel de Sousa? Ou o tempo levou o amor a transformar-se no seu quase oposto?

Eu gosto do B Fachada. A música responde a muitas duvidas. Mesmo que seja na Escócia.

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