Sondagem

A sondagem hoje publicada no Diário de Notícias de Lisboa, que dá ligeira vantagem ao PS, mostra várias coisas. Em primeiro lugar, a incapacidade de Seguro para convencer, para apresentar uma proposta verdadeiramente alternativa de poder. Num tempo de enormes dificuldades, era suposto que o PS descolasse e efetivamente não descola. As recentes "opiniões divergentes" - chamemos assim - entre o líder socialista e o seu cabeça de lista, a ausência de Soares da campanha - ausência essa muito publicitada pelo próprio fundador do partido - entre outros factores, mostram à saciedade que a unidade socialista é uma "coisa" muito discutível e contribuem para um resultado que sendo bom, afasta o PS da maioria absoluta e uma eventual crise política pós eleitoral.

Quando à coligação, sobrevive ao mau tempo e a derrota tangencial (os dados ainda podem inverter-se), sendo sempre uma derrota, não é um mau resultado e permite perspectivar que nas legislativas de 2015 a situação possa sofrer uma mudança.

De resto, bom resultado para o PCP (esperado), que pode até eleger um quarto eurodeputado, duplicando a representação. O BE procura sobreviver, Marinho e Pinto (ou será Marinho Pinto?) tem algumas hipóteses de ser eleito (viva o populismo). Rui Tavares (Livre) fica muito aquém daquilo que certamente ansiava, o que deixa antever um futuro muito complicado para o Livre. Tudo o resto é residual.

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