Um velho novo

No velho centro de um velho país cheira a queijo de Serpa. A poncha da Madeira. A couro de sapatos feitos à mão. A presunto transmontano. A pasteis de Chaves. A chouriços do fumeiro de São Gonçalo. A broa de milho. A port tonic. A mel de abelha. A manjericos de Lisboa. A escassos metros, cheira à charmosa confusão do mercado de fusão. Cheira à China e ao Japão. Ao Brasil. Cheira a africas. Ouvem-se áfricas nas músicas das colunas de som. No adocicado das frases que enquadram camisas coloridas. Nas praças velhas do centro de um país velho há cheiros de um país novo.

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